O “Aluminum Show”, que estará em cena até 6 de Abril, é muito mais que um espectáculo em que o alumínio industrial é exibido em toda a sua pujança e possibilidades performativas.
Da autoria de Ilan Azriel, bailarino e coreógrafo israelita (com o apoio de Yuval Kedem) o show pode levar crianças a pisar terrenos próximos daqueles a que só os pais podem ter acesso – o Casino Lisboa.
Tudo começa com o despejar para a plateia de umas longas cobras articuladas que os espectadores vão empurrando para trás, por cima das suas cabeças. Quer seja em folhas prateadas ou tubos articulados (de ar condicionado) que adquirem variadíssimas formas, quer os artistas apareçam “entubados” ou manipulando as peças e aparecendo e desaparecendo no escuro do palco, os efeitos são surpreendentes. Agitando, expandindo ou recolhendo tubos que se assemelham a minhocas gigantes, balançando outros mais pequenos como se fossem trombas de elefante e escondendo-se dentro de prateadas conchas, sete bailarinos, dois ajudantes de palco e algumas máquinas de ar protagonizam um show vivo e colorido.
Há efeitos muito bem conseguidos, como canhões de ar que parecem lançar fogo ou vomitam uma chuva de papelinhos prateados e fazem flutuar bolas como que por magia! E também uma espécie de passagem de modelos, em preto e prata, com fatos decorados com bocados de tubos. Mas nem sempre os números são originais embora, frequentemente, sejam criativos e apresentem uma vertente interactiva com o público. O trabalho coreográfico não é particularmente interessante, apresentando os bailarinos tiques de “street dance”, mas a sua energia é notória e a iluminação, assinada por
Bambi (Avi Yona Bueno), no mínimo, notável.