Data de publicação: 11/06/2008
A Dança Portuguesa foi premiada no último 10 de Junho, em Viana do Castelo, com a Ordem do Infante D. Henrique, na pessoa de Rui Horta.
Desde 2002 que o coreógrafo lisboeta se estabeleceu em Montemor-o-Novo (Alto Alentejo) para recuperar o Convento da Saudação onde dirige um centro de artes performativas - o Espaço do Tempo.
Rui Maria Nunes da Silva Horta, nasceu em 20 de Abril de 1957 e começou a fazer dança no antigo Instituto Superior de Educação Física, com Helena Coelho, e nos cursos de bailado da Fundação Gulbenkian, com Jorge Salavisa. Logo depois começou a deslocar-se, com regularidade, a Nova Iorque (Estados Unidos da América) onde continuou a sua formação. Na febre da dança jazz foi o maior impulsionador em Portugal deste estilo de dança tendo fundado o Grupo Experimental de Dança Jazz, em 1979, que dirigiu e para o qual coreografou várias peças que viajaram por todo o país.
Em 85, tendo se extinto o citado grupo, Rui Horta fundou a Companhia de Dança de Lisboa (recentemente desaparecida) e da qual foi director ate 1990, ano em que apresentou o grupo Rui Horta e Amigos, no Acarte.
Em 1991 transferiu-se para a Alemanha, a convite do director da Kunstlerhaus Mousonturm, em Frankfurt, tendo criado o S.O.A.P. Dance Theatre Frankfurt do qual foi coreógrafo residente e director artístico durante a década de 90. Com esta companhia – e o Rui Horta Stage Works, de Munique - não só se tornou conhecido fora de Portugal, ganhando vários prémios em concursos internacionais, como começou a ser convidado para montar obras da sua autoria em companhias de grande prestígio, designadamente o extinto Ballet Gulbenkian.
Para além disso tem assinado diversos trabalhos como encenador, cenógrafo e desenhador de luzes.
Na mesma cerimónia, a pianista Professora Olga Prats foi feita Comendadora da Ordem de Sant’Iago da Espada.