Sylvie Guillem e a Ópera de Lyon abrem com “Carmen” de Mats Ek

De dois em dois anos, alternando com a famosa Bienal de Dança de Lyon, o Palácio dos Festivais de Cannes serve de palco a um certame terpsicoreano que tem vindo a atrair a atenção de um público crescente da Europa meridional.

Não só franceses como muitos vizinhos italianos e amantes da dança de outros países vizinhos acorrem à Riviera para, em fim de Outono, partilhar uma montra de dança que conta este ano com, nada menos, que seis criações mundiais, 14 estreias em França e cerca de 200 artistas em cena distribuídos pelo Grande Auditório do Palácio dos Festivais, Auditório do Hotel Noga Hilton e Teatros Debussy e Licorne.

Há pouco mais de uma década que o grego Yorgos Loukos – o director do Ballet da Ópera de Lyon – tomou a seu cargo a programação deste festival em que se têm apresentado muitos nomes sonantes do mundo da dança, sempre dentro de um contexto bastante eclético mas nunca descurando uma vertente de altíssima qualidade.

Este ano, a noite de abertura (sexta-feira dia 28) “explode” com “Carmen”, uma obra-prima do sueco Mats Ek com a “mega estrela” Sylvie Guillem à frente do elenco do Ballet de Lyon. Aquela que é considerada uma das maiores bailarinas do mundo será acompanhada pelo italiano Massimo Morru.

Ao longo de uma semana estarão presentes coreógrafos como o inglês Russel Maliphant, os norte-americanos William Forsythe (com o Ballet de Frankfurt), Trisha Brown e John Jasperse, a espanhola Eva la Yerbabuena e os franceses Philippe Decouflé, Hervé Robbe, Catherine Diverrès, Denis Plassard e Françoise Murcia, entre outros, além da companhia de Stanislaw Wisniewsky e um grupo dos melhores alunos da escola da Ópera de Paris.