Data de publicação: 15/04/2008
O Quórum Ballet foi fundado nos finais de 2005 por Daniel Cardoso e Theresa da Silva, antigos bailarinos solistas das companhias de Martha Graham (EUA) e Peter Schaufuss (Dinamarca), está sedeado no Teatro Recreios da Amadora.
É formado por seis artistas e o reportório inclui trabalhos coreográficos da autoria de Cardoso, Iolanda Rodrigues, Johnathan Hollander e Thaddeus Davis.
A jovem companhia tem se apresentado em vários teatros portugueses, norte-americanos e dinamarqueses.
O Director Artístico Daniel Cardoso, pouco depois de ter vindo de S. Petersburgo, onde leccionou dança moderna como professor convidado na prestigiada escola do Teatro Maryinsky, levou o Quorum Ballet em digressão ao Oriente.
RD – É a primeira vez que uma companhia portuguesa vai dançar a Singapura?
DC – Creio que sim. Não tenho conhecimento do contrário.
RD – Como surgiu o convite?
DC – É uma longa história. Contactámos o M1 Fringe Festival, no Verão de 2006, e propusemos levar a Singapura um trabalho que, então, tínhamos em cena. A organização ficou muito interessada no nosso trabalho mas só em 2007 é que estreámos uma peça que se enquadrava na temática do festival.
RD – Que reportório vão levar?
DC – Vamos apresentar um programa duplo intitulado “Relações” com uma obra minha e outra da Iolanda Rodrigues, que abordam o mesmo tema.
RD - Têm alguns apoios de entidades oficiais, tais como o Instituto Camões e a Direcção Geral das Artes ?
DC – A Fundação Gulbenkian concedeu-nos quase a totalidade do valor das viagens, o que nos permitiu deslocarmo-nos ao Oriente. O Instituto Camões apoiará, também com as viagens, a estreia em Nova Iorque do nosso próximo programa. Continuamos à espera de uma resposta de apoio do Instituto das Artes (actual Direcção Geral das Artes).
RD – Qual o modelo de gestão do Quórum Ballet?
DC – Actualmente não temos qualquer tipo de apoios financeiros, do tipo sustentado ou pontual, vindo do Instituto das Artes. Para além da Câmara da Amadora, que nos proporciona espaço de ensaios e um teatro, só temos as receitas dos espectáculos e contributos diversos de algumas entidades públicas e privadas.
RD – Quais são os vossos planos artísticos para o futuro próximo?
DC - Depois de voltarmos de Singapura estreamos um novo espectáculo, nos Recreios da Amadora, intitulado “From The Other Side” (Do Outro Lado), uma produção do Quórum e duas companhias nova-iorquinas: a Battery Dance Company e a Wideman Davis Dance.
Do espectáculo “From The Other Side” (Do Outro Lado), que será dançado em Alcobaça antes de se apresentar em Nova Iorque e no Centro Cultural de Belém, também farão parte dois bailarinos de cada uma daquelas companhias.
Para a presente temporada o Quorum Ballet já tem agendados mais espectáculos em Portugal.